Tema: Alves Redol
Sinopse:
Alves Redol (n. Vila Franca de Xira, 29 de Dezembro de 1911 – m. Lisboa, 29 de Novembro de 1969) é pioneiro e construtor do movimento cultural do neo-realismo. Investigar a terra portuguesa e o seu povoamento humano, reinventando o legado etnográfico oitocentista e das primeiras décadas do século XX, levou-o a maturar a sua escrita comprometida e a aglutinar à sua volta inúmeros projectos no domínio da literatura, da etnografia, do cinema e das artes visuais; com eles perseguiu incansavelmente o sentido emancipatório do trabalho intelectual e da cultura.
A direcção da revista Nova Síntese – Textos e Contextos do Neo-Realismo decidiu reservar o presente número para reunir textos de distintos especialistas, que resultam das conferências e comunicações apresentadas no Congresso Internacional - "No centenário do nascimento de Alves Redol", em 19, 20 e 21 de Janeiro de 2012, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e no Museu do Neo-Realismo. Acreditamos que, com este número da Nova Síntese, inequivocamente se aprofundam as leituras críticas sobre a obra literária e cultural de Alves Redol.
Índice:
1. ALVES REDOL – HORIZONTE REVELADO
Nota introdutória
1.ª PARTE – CONFERÊNCIAS
Alves Redol e a poética do romance: encruzilhadas e derivas ideológicas, por Carlos Reis
Poética da transformação do texto em Avieiros, por Maria Alzira Seixo
Avieiros, de Alves Redol. Uma história das pequenas epopeias, por Helena Carvalhão Buescu
Para a história do neo-realismo: O Cavalo Espantado, testemunho ético-poético, por Ana Paula Ferreira
Alves Redol e a desconstrução do género: O Muro Branco, por Maria Graciete Besse
«A mão será a mesma?» – Notas autobiográficas de Alves Redol, por Paula Morão
Redol – O realismo e a «palavra-pele», por Isabel Pires de Lima
Alguns prefácios ou leitura(s) de Redol, por António Pedro Pita
Alves Redol: do ‘etnografismo’ à construção de uma poética da narrativa neo-realista, por Vítor Pena Viçoso
Gaibéus: obra de arte ou ensaio etnográfico? Alves Redol, a literatura e a antropologia, por Manuel Gusmão
Buscar a identidade na alteridade: Lopes-Graça e o conceito de ‘povo’ na música tradicional, por Mário Vieira de Carvalho
2.ª PARTE – COMUNICAÇÕES
Explicar, fixar, ajustar parâmetros do neo-realismo português, por Izabel Margato
Concepções de Alves Redol sobre a ficção e a narrativa: prefácios a Avieiros e a Fanga, por Antony Cardoso Bezerra
Prefácio de Alves Redol num livro de contos: Carlos Pato ou o homem que trazia o futuro no coração, por José do Carmo Francisco
Alves Redol nos ‘anos de chumbo’ do neo-realismo, por João Madeira
Entre a utopia e a distopia: a cosmovisão neo-realista, por Ana Cristina Correia Gil
Limites do literário na obra de Alves Redol, por José Manuel de Vasconcelos
A intertextualidade: um princípio da escrita redoliana?, por Lucien Diouf
Pensamento e acção de Alves Redol no neo-realismo visual: a estética, a arte e as artes visuo-plásticas, por Luísa Duarte Santos
‘A natureza mecânica da realidade’ – A fotografia e o Movimento Neo-Realista, por Emília Tavares
De bloco em punho e ‘máquina-de-tirar-retratos’: Alves Redol, o documento e a fotografia, por David Santos
O efeito pictural e o efeito fílmico na narrativa de Gaibéus, por David Lopes
Percursos de Alves Redol pelo teatro: panorâmica focada na sua criação dramática, por Miguel Falcão
A Vida Mágica da Sementinha: poesia e ciência ou dos modos de conhecimento do mundo, por Bernardette Capelo-Pereira
Constantino, a infância e o sonho: superação das tensões essenciais da obra de Alves Redol, por Maria Madalena Marcos Carlos Teixeira da Silva
A obra para crianças de Alves Redol: o lúdico, o didático e o pictórico, por Anabela de Oliveira Figueiredo
2. TEXTO EXTRA-CONGRESSO
Crença e resignação no romance A Barca dos Sete Lemes, de Alves Redol, por Isabela Gomes Bustamante
3. ACTIVIDADES DA ASSOCIAÇÃO PROMOTORA DO MUSEU
DO NEO-REALISMO
Director: Vítor Pena Viçoso
Director-adjunto: António Mota Redol
Propriedade e Administração: Associação Promotora do Museu do Neo-Realismo
Colaboração com a entidade: Câmara Municipal de Vila Franca de Xira
Ano: 2012
Edição: Colibri
N. páginas: 376
ISSN: 1646-5989