Hoje, pelas 16h00, no Auditório do Museu do Neo-Realismo, decorre a apresentação do nº9 da Revista Nova Síntese – Imprensa Regional e Neo-Realismo, que se debruça sobre a importância da imprensa periódica na génese do movimento neorrealista.
A apresentação estará a cargo de António Pedro Pita, Diretor Científico do Museu do Neo-Realismo, e conta com as presenças de Vitor Viçoso, Diretor da Revista, e de António Gomes Marques, coordenador da parte 1 deste número.
Tema: Imprensa Regional e Neo-Realismo
É bem conhecida, na génese do Movimento Neo-Realista, a importância da imprensa periódica, como bem demonstram os trabalhos pioneiros de António Pedro Pita e de Luís Augusto Costa Dias, nomeadamente no catálogo que ambos conceberam para a exposição que, sobre o tema, se realizou em Vila Franca-de-Xira, em Novembro de 1996.
Para além desta monografia, António Pedro Pita foi publicando vários textos sobre a problemática neo-realista, que reuniu em livro, dedicando o III capítulo à imprensa no aparelho cultural neo-realista. O autor, para além das considerações gerais, fala da imprensa coimbrã de tendência neo-realista e insere notas sobre a nova fase, a partir de 1940, do quinzenário de acção literária e regional A Mocidade, cujo director, editor e proprietário foi Garibaldino de Andrade.¶
Também Luís Augusto Costa Dias não limitou as suas investigações àquela monografia; para além de estudos dispersos por várias publicações, apresentou em 2011, a sua tese de doutoramento em História, com o título “O «Vértice» de uma Renovação Cultural – Imprensa periódica na formação do Neo-Realismo (1930-1945)”, tratando não só do tema que referimos no início, mas, fundamentalmente, visando «inquirir se o Neo-Realismo português constituiu uma corrente estética, portadora de uma visão estética própria e alternativa aos modelos seus contemporâneos, a partir do território histórico em que os seus protagonistas se confrontaram em (e com) determinadas circunstâncias da vida cultural e política.» (p.5), constituindo, julgamos, uma das mais profundas investigações sobre a problemática neo-realista.
Na década de 60 do século passado, uma camada de jovens autores segue as pisadas dos iniciadores do Movimento Neo-Realista, desenvolvendo uma acção, dentro da mesma filosofia, ou seja, na «luta a favor dos outros», feliz expressão de Ferreira de Castro numa entrevista ao Notícias da Amadora, lembrada por Orlando César no texto inserto neste número da Nova Síntese.
Mas esta luta ganha outros espaços geográficos, sendo de destacar o papel de Garibaldino de Andrade, professor do ensino primário, que, depois da gloriosa aventura vivida com o quinzenário A Mocidade, vê-se obrigado a procurar ganhar a vida em Angola, onde, com os jornalistas Leonel Cosme, Carlos Sanches e Maurício Soares, funda as Publicações Imbondeiro, na cidade de Sá da Bandeira, em Janeiro de 1960, como nos recorda o próprio Leonel Cosme, entretanto regressado à Metrópole, nas páginas deste número da revista.
A juntar àqueles, temos de relevar também os estudos vários que a Associação Promotora do Museu do Neo-Realismo vem publicando, incluindo natural e obrigatoriamente os insertos nos vários números da sua revista Nova Síntese, que o leitor e o investigador têm agora à sua disposição (...) ¶ [retirado da Apresentação de António Gomes Marques]
Índice:
1. Imprensa Regional e Neo-Realismo
Apresentação António Gomes Marques
Publicações d’A Imprensa Periódica na Génese do Movimento Neo-Realista (1933-1945)
Direcção de Nova Síntese
Novas Incursões Neo-Realistas por V. N. de Famalicão
Amadeu Gonçalves
A Planície: pluralidade e “Convívio” num jornal do Alentejo
Alberto Franco
António Vicente Campinas e o Foz do Guadiana
Maria João Raminhos Duarte
Um Mensageiro que anuncia uma “boa nova”
António Mota Redol
Imbondeiro e o Neo-Realismo em Angola
Leonel Cosme
Publicações Imbondeiro e sua Importância na Literatura Portuguesa dos Anos 60, do Século XX
António Augusto Sales
O Neo-Realismo nos suplementos culturais da imprensa regional. Os casos de Companha e Independência Literária
Carlos Braga
O Suplemento do Jornal Badaladas
António Augusto Sales
Dois Projectos de Dinamização Cultural: “Labareda” e “Nova Realidade”
Manuel G. Simões
Notícias da Amadora: Intervir pela palavra na «luta a favor dos outros»
Orlando César
De relance: os anos ’60 e os Encontros da Imprensa Cultural Arsénio Mota
Noite e Nevoeiro – Reflexão e notas sobre os “Encontros dos Suplementos e Páginas Culturais da Imprensa Regional”
Carlos Loures
Edição na província: livros marxistas e antifascistas antes do 25 de Abril (fora de Lisboa e do Porto)
Flamarion Maués
Editoras que publicaram textos do Neo-Realismo, sediadas em localidades que não sejam Lisboa e Porto
António Mota Redol
2. No centenário do nascimento de Joaquim Namorado (2014)
Memória de Joaquim Namorado
Rui Namorado
Dois Poetas de Navegações e Futuro – Joaquim Namorado e Fernando Pessoa
Maria Fernanda Campos
3. Actividades da Associação Promotora do Museu Neo-Realismo
Relatório de Actividades da Associação Promotora do Museu do Neo-Realismo em 2014
Ano: 2016
Edição: Colibri
N. páginas: 354
Formato: 23x16
ISSN: 1646-5989
sábado, 3 de dezembro de 2016
segunda-feira, 17 de outubro de 2016
Chamada de artigos para o n.º 12
NOVAS DATAS
Envio de resumos/propostas até 31 de Dezembro de 2016Envio de textos até 28 de Fevereiro de 2017
Línguas: português e castelhano
Email: leonor(ponto)areal4(arroba)gmail(ponto)com
Tema: Neo-realismo no cinema
O Neo-realismo no cinema é sobretudo conotado com o cinema italiano do pós-guerra e com diversos autores que, todavia, nos anos 50 começam a divergir das tendências iniciais, definidas essencialmente como um humanismo atento às realidades sociais. As sementes deste movimento, que se tornou de sucesso internacional, medraram noutros países que receberam essa proposta de cinema como modelo, influência e estímulo. Assim nasceram correntes neo-realistas peculiares em países latinos de regime autoritário, como Espanha, Portugal, Brasil e outros hispano-americanos, conjunto que aqui delimita um circuito de intercâmbios linguísticos, culturais e artísticos que será interessante relacionar. A tendência realista dos anos 50 perdura ainda nos cinemas novos dos anos 60, mesmo quando se revela como divergência estética, o que nos abre uma maior latitude nesta abordagem.
Sugestões temáticas
Âmbito:
Neo-realismo no cinema português, italiano, espanhol, brasileiro e hispano-americano
Neo-realismo e novos-cinemas
Relações entre o cinema, a literatura e outras artes
Contextos geracionais e políticos
Abordagens:
- estudo de autores e obras cinematográficas
- adaptação de obras literárias
- influências do neo-realismo literário no Novo Cinema português
- correntes no cinema dos anos 50 e 60
- representações culturais e sociais
- temáticas recorrentes
- (pescadores, camponeses, operários, subúrbios, marginalidade, circo, etc.)
- outros realismos, influências e heranças
- circulação de ideias estéticas
- modos de criação e produção
- continuidades e rupturas
- projectos não-realizados (de escritores e cineastas)
- análise comparada
- teoria do cinema e releitura de obras
- recepção e crítica
- revistas cinematográficas e público
- melodrama e realismo
- ideologia e política
- identidade cultural e nacional
- realismo e etnografia
- movimento cineclubista
- festivais de cinema
- cinema militante
- censura
- documentário
- fotografia
- etc.
Director: Vítor Pena Viçoso
Director-adjunto: António Mota Redol
Coordenação do nº 12: Leonor Areal
Propriedade e Administração: Associação Promotora do Museu do Neo-Realismo
Normas de referência bibliográfica
Normas redaccionais para a elaboração dos textos para a revista Nova Síntese
1. Citações:
As citações até três linhas devem integrar o corpo do texto e ser assinaladas entre aspas («…») e não entre vírgulas altas duplas (“…”). Devem ser escritas em letra igual à do texto, não em itálico. Ex.: «Uma camponesa…»
As citações com mais de três linhas devem constituir um parágrafo independente, mas em tipo menor, sem aspas, sem ser recolhido nem grifado. Ex.:
Entre os vários traços caracterizadores de alguns dos mais importantes escritores
2. Destaques:
O itálico ou grifo deve ser reservado para palavra ou locução em língua estrangeira.
Para destacar um vocábulo em português deve usar vírgulas altas simples ou duplas, o negro, etc.
Não utilizar o sublinhado.
3. Notas:
As notas devem figurar em rodapé. Quando se tratar de simples remissão bibliográfica,
esta pode ser intercalada no corpo do texto, indicando o sobrenome do autor, o ano e nº. da página. Ex.: (Namora, 1945, 56). Este caso só se justifica se o trabalho contiver uma bibliografia final suficientemente ampla e ordenada pelo sobrenome destacado dos autores (digamos a partir de 10 títulos). Caso contrário a sua leitura torna-se incómoda.
A assinalação das notas de rodapé, no texto, deve fazer-se usando um número elevado (ou expoente). Ex.: «Fernando precisa de uma rapariga séria, recatada, capaz de suportar uma solidão como a sua»1.
No rodapé a nota deve, pois, ser assinalada pelo número respectivo, em expoente, seguindo-se o texto citado.
4. Identificação das obras:
Os elementos de identificação devem ser separados por vírgulas.
Em livros: Autor, Título [em itálico], cidade, editor, ano, nº de edição, volume, página.
Ex.: Carlos de Oliveira, Alcateia, Coimbra, Coimbra Editora, 1944, p. 95.
Em partes de livros ou de miscelâneas, em poemas: Autor, “Parte do livro, da miscelânea, do poema, etc.[entre aspas duplas altas]”, Título do livro [em itálico], (Organizador ou coordenador, etc., entre parênteses), cidade, editor, ano, nº de edição, volume, página [só com um p.].
Artigos de revista ou de outros periódicos: Autor, “Título do artigo [entre aspas duplas altas]”, Revista [em itálico e sem vírgula a seguir] número, tomo ou fascículo [com vírgula entre eles, mas não a seguir] (Cidade, ano) [entre parênteses] número das páginas do artigo [sem vírgula antes, nem abreviatura p.].
Referência a livros e revistas no texto: em itálico, com a primeira letra de cada palavra em caixa alta, com excepção de “e” e artigos.
5. Não deixar espaço depois dos seguintes sinais: « ou ( . E imediatamente antes do seu fecho.
Ex.: «Fernando…a sua» ou (Fernando…a sua).
6. Identificar o autor. No início do artigo vem primeiro o título e depois o nome do autor (em itálico) seguido de asterisco. Este é retomado no rodapé com a identificação do autor, pelo grau académico ou profissão.
1. Citações:
As citações até três linhas devem integrar o corpo do texto e ser assinaladas entre aspas («…») e não entre vírgulas altas duplas (“…”). Devem ser escritas em letra igual à do texto, não em itálico. Ex.: «Uma camponesa…»
As citações com mais de três linhas devem constituir um parágrafo independente, mas em tipo menor, sem aspas, sem ser recolhido nem grifado. Ex.:
Entre os vários traços caracterizadores de alguns dos mais importantes escritores
neo-realistas
destaca-se uma relação pregnante com o imaginário telúrico. Ou
2. Destaques:
O itálico ou grifo deve ser reservado para palavra ou locução em língua estrangeira.
Para destacar um vocábulo em português deve usar vírgulas altas simples ou duplas, o negro, etc.
Não utilizar o sublinhado.
3. Notas:
As notas devem figurar em rodapé. Quando se tratar de simples remissão bibliográfica,
esta pode ser intercalada no corpo do texto, indicando o sobrenome do autor, o ano e nº. da página. Ex.: (Namora, 1945, 56). Este caso só se justifica se o trabalho contiver uma bibliografia final suficientemente ampla e ordenada pelo sobrenome destacado dos autores (digamos a partir de 10 títulos). Caso contrário a sua leitura torna-se incómoda.
A assinalação das notas de rodapé, no texto, deve fazer-se usando um número elevado (ou expoente). Ex.: «Fernando precisa de uma rapariga séria, recatada, capaz de suportar uma solidão como a sua»1.
No rodapé a nota deve, pois, ser assinalada pelo número respectivo, em expoente, seguindo-se o texto citado.
4. Identificação das obras:
Os elementos de identificação devem ser separados por vírgulas.
Em livros: Autor, Título [em itálico], cidade, editor, ano, nº de edição, volume, página.
Ex.: Carlos de Oliveira, Alcateia, Coimbra, Coimbra Editora, 1944, p. 95.
Em partes de livros ou de miscelâneas, em poemas: Autor, “Parte do livro, da miscelânea, do poema, etc.[entre aspas duplas altas]”, Título do livro [em itálico], (Organizador ou coordenador, etc., entre parênteses), cidade, editor, ano, nº de edição, volume, página [só com um p.].
Artigos de revista ou de outros periódicos: Autor, “Título do artigo [entre aspas duplas altas]”, Revista [em itálico e sem vírgula a seguir] número, tomo ou fascículo [com vírgula entre eles, mas não a seguir] (Cidade, ano) [entre parênteses] número das páginas do artigo [sem vírgula antes, nem abreviatura p.].
Referência a livros e revistas no texto: em itálico, com a primeira letra de cada palavra em caixa alta, com excepção de “e” e artigos.
5. Não deixar espaço depois dos seguintes sinais: « ou ( . E imediatamente antes do seu fecho.
Ex.: «Fernando…a sua» ou (Fernando…a sua).
6. Identificar o autor. No início do artigo vem primeiro o título e depois o nome do autor (em itálico) seguido de asterisco. Este é retomado no rodapé com a identificação do autor, pelo grau académico ou profissão.
1
Obra citada, de acordo com as normas de identificação.
Próximos números (em preparação)
Nova Síntese, n.º 9 - Imprensa Regional e Neo-Realismo
Nova Síntese, n.º 10 - O Neo-Realismo nas Artes Visuais (título provisório)
Nova Síntese, n.º 11 - Mário Dionísio - Como Uma Pedra no Silêncio (título provisório)
Nova Síntese, n.º 12 - O Neo-Realismo no Cinema
Nova Síntese, n.º 10 - O Neo-Realismo nas Artes Visuais (título provisório)
Nova Síntese, n.º 11 - Mário Dionísio - Como Uma Pedra no Silêncio (título provisório)
Nova Síntese, n.º 12 - O Neo-Realismo no Cinema
Alves Redol o olhar das ciências sociais
Sinopse:
Alves Redol – O olhar das ciências sociais é o resultado da leitura da obra do escritor Alves Redol por antropólogos, historiadores, geógrafos, sociólogos, etnógrafos, folcloristas e outros cientistas sociais. Estes artigos derivam do "Colóquio Internacional Alves Redol e as Ciências Sociais - a literatura e o real, os processos e os agentes", que decorreu na FCSH (UNL) e Museu do Neo-Realismo, de 7 a 10 de Novembro de 2012.
Coordenação: António Mota Redol e Paula Godinho
Patrocínios: Associação Promotora do Museu do Neo-Realismo, Museu do Neo-Realismo
Ano: 2014
Edição: Colibri
N. páginas: 520
Formato: 23x16
ISBN: 978-989-689-440-5
Alves Redol – O olhar das ciências sociais é o resultado da leitura da obra do escritor Alves Redol por antropólogos, historiadores, geógrafos, sociólogos, etnógrafos, folcloristas e outros cientistas sociais. Estes artigos derivam do "Colóquio Internacional Alves Redol e as Ciências Sociais - a literatura e o real, os processos e os agentes", que decorreu na FCSH (UNL) e Museu do Neo-Realismo, de 7 a 10 de Novembro de 2012.
Índice:
1. Introdução
Apresentação
Alves Redol: Viver com o povo, estudar a envolvência, etnografia e literatura
António Mota Redol
2. Alves Redol: resistência, libertação e fantasia
“Jouez la Marseillaise!”. As Franças de Redol
Luísa Tiago de Oliveira
Redol – Mulheres de um tempo ido
Helena Neves
O Cavalo Espantado: da cidade cinzenta, aos refugiados de ontem e de hoje
Cristina Santinho
Revisitando os contos infantis – “Velhas histórias que convém saber melhor”
Joana Alcântara
Guardadores de vacas, de sonhos… e de memórias
Inês Fonseca
3. Políticas, Ideias e Letras
Alves Redol. As condições culturais e históricas na génese da sua obra, por Jorge Crespo
Alves Redol – O olhar das ciências sociais História e Literatura: considerações acerca do Barranco de cegos de Alves Redol, por A. Paulo Dias Oliveira
Sobre o risco de ser Redol, por Mariana Costódio do Nascimento
Alves Redol em África: as crónicas «De longe», por Pedro Ferreira
Alves Redol, os camponeses e o mundo novo, por Fernando Oliveira Baptista
4. Etnografias, etnografismos
O etnografismo e o universo ficcional de Alves Redol, por Vítor Viçoso (FLUL)
Aficion em palavras e sentimento, Alves Redol e a cultura tauromáquica, por David Santos
Alves Redol e a vivência etnográfica, preparando os romances, por Luís Filipe Maçarico (FCSH/UNL)
Perspectivas de teatro e comunidade: do etnografismo ao didatismo, por Miguel Falcão (ESE Lisboa)
Acerca do Inquérito em Alves Redol, por João Madeira
5. A Lisboa de Redol
Os Reinegros: Lisboa, quotidiano e republicanismo, por Maria Alice Samara (IHC-FCSH/UNL)
As crónicas radiofónicas do senhor A, por Carina Infante do Carmo (UA e CEC-FLUL)
Aos homens falavam muitas vezes em lugares de futuro: trabalho e destino em Anúncio, por João Edral (IELT-FCSH/UNL)
6. Camponeses e pescadores: o Douro e o mar de Redol
Alves Redol. Um olhar sobre o Douro, por António Monteiro Cardoso (CEHC-ISCTE/IUL)
“Vindima de Sangue”: movimentações populares no Douro no final da Monarquia e no início da República, por Gaspar Martins Pereira (FLUP)
A subjectvidade no Ciclo Port Wine de Alves Redol. A dura aprendizagem da esperança, por Shawn Parkhurst (Universidade de Louisville/Kentucky)
A Nazaré de Alves Redol, por Miguel Cardina (CES-Coimbra)
De Muralha a Canhão. Notas sobre o mar-trabalho e o mar-lazer na Nazaré, por Paulo Mendes (UTAD)
7. O Ribatejo de Redol
Gaibéus: “antes de tudo um documentário humano”. Povo, arte e etnografia, por Sónia Almeida (FCSH/UNL)
Música da Borda d’Água – nos textos e imagens de Alves Redol Domingos Morais, por (IELT/FCSH/UNL)
Ribatejo. As falas da terra e as falas do rio, por Filomena Sousa (IELT-FCSH/UNL)
Factores identitários da cultura avieira, por João Monteiro Serrano (Instituto Politécnico de Santarém)
“Eles não sabem o custo da galé” – Cultura Popular, Etnografia e Resistência na obra de Alves Redol, por Paula Godinho (FCSH/UNL)
1. Introdução
Apresentação
Alves Redol: Viver com o povo, estudar a envolvência, etnografia e literatura
António Mota Redol
2. Alves Redol: resistência, libertação e fantasia
“Jouez la Marseillaise!”. As Franças de Redol
Luísa Tiago de Oliveira
Redol – Mulheres de um tempo ido
Helena Neves
O Cavalo Espantado: da cidade cinzenta, aos refugiados de ontem e de hoje
Cristina Santinho
Revisitando os contos infantis – “Velhas histórias que convém saber melhor”
Joana Alcântara
Guardadores de vacas, de sonhos… e de memórias
Inês Fonseca
3. Políticas, Ideias e Letras
Alves Redol. As condições culturais e históricas na génese da sua obra, por Jorge Crespo
Alves Redol – O olhar das ciências sociais História e Literatura: considerações acerca do Barranco de cegos de Alves Redol, por A. Paulo Dias Oliveira
Sobre o risco de ser Redol, por Mariana Costódio do Nascimento
Alves Redol em África: as crónicas «De longe», por Pedro Ferreira
Alves Redol, os camponeses e o mundo novo, por Fernando Oliveira Baptista
4. Etnografias, etnografismos
O etnografismo e o universo ficcional de Alves Redol, por Vítor Viçoso (FLUL)
Aficion em palavras e sentimento, Alves Redol e a cultura tauromáquica, por David Santos
Alves Redol e a vivência etnográfica, preparando os romances, por Luís Filipe Maçarico (FCSH/UNL)
Perspectivas de teatro e comunidade: do etnografismo ao didatismo, por Miguel Falcão (ESE Lisboa)
Acerca do Inquérito em Alves Redol, por João Madeira
5. A Lisboa de Redol
Os Reinegros: Lisboa, quotidiano e republicanismo, por Maria Alice Samara (IHC-FCSH/UNL)
As crónicas radiofónicas do senhor A, por Carina Infante do Carmo (UA e CEC-FLUL)
Aos homens falavam muitas vezes em lugares de futuro: trabalho e destino em Anúncio, por João Edral (IELT-FCSH/UNL)
6. Camponeses e pescadores: o Douro e o mar de Redol
Alves Redol. Um olhar sobre o Douro, por António Monteiro Cardoso (CEHC-ISCTE/IUL)
“Vindima de Sangue”: movimentações populares no Douro no final da Monarquia e no início da República, por Gaspar Martins Pereira (FLUP)
A subjectvidade no Ciclo Port Wine de Alves Redol. A dura aprendizagem da esperança, por Shawn Parkhurst (Universidade de Louisville/Kentucky)
A Nazaré de Alves Redol, por Miguel Cardina (CES-Coimbra)
De Muralha a Canhão. Notas sobre o mar-trabalho e o mar-lazer na Nazaré, por Paulo Mendes (UTAD)
7. O Ribatejo de Redol
Gaibéus: “antes de tudo um documentário humano”. Povo, arte e etnografia, por Sónia Almeida (FCSH/UNL)
Música da Borda d’Água – nos textos e imagens de Alves Redol Domingos Morais, por (IELT/FCSH/UNL)
Ribatejo. As falas da terra e as falas do rio, por Filomena Sousa (IELT-FCSH/UNL)
Factores identitários da cultura avieira, por João Monteiro Serrano (Instituto Politécnico de Santarém)
“Eles não sabem o custo da galé” – Cultura Popular, Etnografia e Resistência na obra de Alves Redol, por Paula Godinho (FCSH/UNL)
Coordenação: António Mota Redol e Paula Godinho
Patrocínios: Associação Promotora do Museu do Neo-Realismo, Museu do Neo-Realismo
Ano: 2014
Edição: Colibri
N. páginas: 520
Formato: 23x16
ISBN: 978-989-689-440-5
Nova Síntese, n.º 8 (2013)
Tema:“Entre «Neo-Realismo» e «Regionalismo»”. Circulação das Ideias Estéticas Portugal/Brasil
Sinopse:
A circulação de projetos e obras de índole cultural entre Portugal e Brasil registou no século XX alguns períodos de indiscutível intensidade. Essas trocas culturais assumiram uma configuração particular desde os meados dos anos trinta do século XX, em especial no âmbito do que, entre nós, se chamou neorrealismo. Se não era nova a ambição de uma comunidade luso-brasileira e se não eram inéditos os esforços em prol de um melhor conhecimento mútuo das artes portuguesas e brasileiras, o que rapidamente tomou corpo naquela configuração foi outra coisa do que um programa ideológico assente na língua ou um esforço de atualização literária ou artística. No regionalismo brasileiro, a definição de uma progressiva nitidez de pressupostos por parte dos jovens intelectuais portugueses identificou uma literatura que convinha à circunstância histórica, no sentido em que constituía uma expressão possível de um modernismo que quer ser compatível com o aprofundamento das consciências nacionais e com uma leitura da atualidade entendida como viragem civilizacional emancipatória que se pressupunha coincidir com um horizonte socialista. A recepção desse regionalismo em Portugal, situa-se, por isso, menos na ordem da influência do que no plano de um propósito crítico prospetivo de aclaramento das possibilidades da ficção em condições políticas e sociais determinadas. [António Pedro Pita]
Índice:
Apresentação, por António Pedro Pita
Breve história descritiva de um interesse, por Luís Bueno
António Ramos de Almeida: Notas sobre a representação neo-realista, por Valéria Paiva
Literatura, trabalho e terra: Cacau de Jorge Amado, e Fanga de Alves Redol, por Edvaldo A. Bergamo
Ecos de Cacau, de Jorge Amado, na efabulação de Gaibéus, de Alves Redol, por Manuel G. Simões
Ferreira de Castro e Jorge Amado, por Ricardo António Alves
Portinari: A descoberta do pintor do povo d’além Atlântico, por Luísa Duarte Santos
Mário Dionísio e Portinari, as mãos e o sonho, por João Marques Lopes
Bibliografia comentada, referente ao Neo-Realismo literário e/ou autores neo-realistas portugueses, publicada no Brasil, Pesquisa e organização de A. Mota Redol
2. TEXTO EXTRA
Reger sonhos e verdades: Uma estratégia de ficção, por Izabel Margato
3. TEXTO REPUBLICADO
Alves Redol: Do ‘etnografismo’ à construção de uma poética da narrativa neo-realista, por Vítor Viçoso
4. SOBRE LIVROS APRESENTADOS EM SESSÕES ORGANIZADAS PELA ASSOCIAÇÃO PROMOTORA DO MUSEU DO NEO-REALISMO
Homenagem sincera a Francisco Castro Rodrigues, por Vítor Silva Tavares
5. ACTIVIDADES DA ASSOCIAÇÃO PROMOTORA DO MUSEU DO NEO-REALISMO (2012)
Relatório de Actividades da Associação Promotora do Museu do Neo-Realismo em 2012
Director: Vítor Pena Viçoso
Director-adjunto: António Mota Redol
Coordenador: António Pedro Pita
Propriedade e Administração: Associação Promotora do Museu do Neo-Realismo
Ano: 2015
Edição: Colibri
N. páginas: 344
ISSN: 1646-5989
Sinopse:
A circulação de projetos e obras de índole cultural entre Portugal e Brasil registou no século XX alguns períodos de indiscutível intensidade. Essas trocas culturais assumiram uma configuração particular desde os meados dos anos trinta do século XX, em especial no âmbito do que, entre nós, se chamou neorrealismo. Se não era nova a ambição de uma comunidade luso-brasileira e se não eram inéditos os esforços em prol de um melhor conhecimento mútuo das artes portuguesas e brasileiras, o que rapidamente tomou corpo naquela configuração foi outra coisa do que um programa ideológico assente na língua ou um esforço de atualização literária ou artística. No regionalismo brasileiro, a definição de uma progressiva nitidez de pressupostos por parte dos jovens intelectuais portugueses identificou uma literatura que convinha à circunstância histórica, no sentido em que constituía uma expressão possível de um modernismo que quer ser compatível com o aprofundamento das consciências nacionais e com uma leitura da atualidade entendida como viragem civilizacional emancipatória que se pressupunha coincidir com um horizonte socialista. A recepção desse regionalismo em Portugal, situa-se, por isso, menos na ordem da influência do que no plano de um propósito crítico prospetivo de aclaramento das possibilidades da ficção em condições políticas e sociais determinadas. [António Pedro Pita]
Índice:
Apresentação, por António Pedro Pita
Breve história descritiva de um interesse, por Luís Bueno
António Ramos de Almeida: Notas sobre a representação neo-realista, por Valéria Paiva
Literatura, trabalho e terra: Cacau de Jorge Amado, e Fanga de Alves Redol, por Edvaldo A. Bergamo
Ecos de Cacau, de Jorge Amado, na efabulação de Gaibéus, de Alves Redol, por Manuel G. Simões
Ferreira de Castro e Jorge Amado, por Ricardo António Alves
Portinari: A descoberta do pintor do povo d’além Atlântico, por Luísa Duarte Santos
Mário Dionísio e Portinari, as mãos e o sonho, por João Marques Lopes
Bibliografia comentada, referente ao Neo-Realismo literário e/ou autores neo-realistas portugueses, publicada no Brasil, Pesquisa e organização de A. Mota Redol
2. TEXTO EXTRA
Reger sonhos e verdades: Uma estratégia de ficção, por Izabel Margato
3. TEXTO REPUBLICADO
Alves Redol: Do ‘etnografismo’ à construção de uma poética da narrativa neo-realista, por Vítor Viçoso
4. SOBRE LIVROS APRESENTADOS EM SESSÕES ORGANIZADAS PELA ASSOCIAÇÃO PROMOTORA DO MUSEU DO NEO-REALISMO
Homenagem sincera a Francisco Castro Rodrigues, por Vítor Silva Tavares
5. ACTIVIDADES DA ASSOCIAÇÃO PROMOTORA DO MUSEU DO NEO-REALISMO (2012)
Relatório de Actividades da Associação Promotora do Museu do Neo-Realismo em 2012
Director: Vítor Pena Viçoso
Director-adjunto: António Mota Redol
Coordenador: António Pedro Pita
Propriedade e Administração: Associação Promotora do Museu do Neo-Realismo
Ano: 2015
Edição: Colibri
N. páginas: 344
ISSN: 1646-5989
Nova Síntese, n.º 7 (2012)
Tema: Alves Redol
Sinopse:
Alves Redol (n. Vila Franca de Xira, 29 de Dezembro de 1911 – m. Lisboa, 29 de Novembro de 1969) é pioneiro e construtor do movimento cultural do neo-realismo. Investigar a terra portuguesa e o seu povoamento humano, reinventando o legado etnográfico oitocentista e das primeiras décadas do século XX, levou-o a maturar a sua escrita comprometida e a aglutinar à sua volta inúmeros projectos no domínio da literatura, da etnografia, do cinema e das artes visuais; com eles perseguiu incansavelmente o sentido emancipatório do trabalho intelectual e da cultura.
A direcção da revista Nova Síntese – Textos e Contextos do Neo-Realismo decidiu reservar o presente número para reunir textos de distintos especialistas, que resultam das conferências e comunicações apresentadas no Congresso Internacional - "No centenário do nascimento de Alves Redol", em 19, 20 e 21 de Janeiro de 2012, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e no Museu do Neo-Realismo. Acreditamos que, com este número da Nova Síntese, inequivocamente se aprofundam as leituras críticas sobre a obra literária e cultural de Alves Redol.
Índice:
1. ALVES REDOL – HORIZONTE REVELADO
Nota introdutória
1.ª PARTE – CONFERÊNCIAS
Alves Redol e a poética do romance: encruzilhadas e derivas ideológicas, por Carlos Reis
Poética da transformação do texto em Avieiros, por Maria Alzira Seixo
Avieiros, de Alves Redol. Uma história das pequenas epopeias, por Helena Carvalhão Buescu
Para a história do neo-realismo: O Cavalo Espantado, testemunho ético-poético, por Ana Paula Ferreira
Alves Redol e a desconstrução do género: O Muro Branco, por Maria Graciete Besse
«A mão será a mesma?» – Notas autobiográficas de Alves Redol, por Paula Morão
Redol – O realismo e a «palavra-pele», por Isabel Pires de Lima
Alguns prefácios ou leitura(s) de Redol, por António Pedro Pita
Alves Redol: do ‘etnografismo’ à construção de uma poética da narrativa neo-realista, por Vítor Pena Viçoso
Gaibéus: obra de arte ou ensaio etnográfico? Alves Redol, a literatura e a antropologia, por Manuel Gusmão
Buscar a identidade na alteridade: Lopes-Graça e o conceito de ‘povo’ na música tradicional, por Mário Vieira de Carvalho
2.ª PARTE – COMUNICAÇÕES
Explicar, fixar, ajustar parâmetros do neo-realismo português, por Izabel Margato
Concepções de Alves Redol sobre a ficção e a narrativa: prefácios a Avieiros e a Fanga, por Antony Cardoso Bezerra
Prefácio de Alves Redol num livro de contos: Carlos Pato ou o homem que trazia o futuro no coração, por José do Carmo Francisco
Alves Redol nos ‘anos de chumbo’ do neo-realismo, por João Madeira
Entre a utopia e a distopia: a cosmovisão neo-realista, por Ana Cristina Correia Gil
Limites do literário na obra de Alves Redol, por José Manuel de Vasconcelos
A intertextualidade: um princípio da escrita redoliana?, por Lucien Diouf
Pensamento e acção de Alves Redol no neo-realismo visual: a estética, a arte e as artes visuo-plásticas, por Luísa Duarte Santos
‘A natureza mecânica da realidade’ – A fotografia e o Movimento Neo-Realista, por Emília Tavares
De bloco em punho e ‘máquina-de-tirar-retratos’: Alves Redol, o documento e a fotografia, por David Santos
O efeito pictural e o efeito fílmico na narrativa de Gaibéus, por David Lopes
Percursos de Alves Redol pelo teatro: panorâmica focada na sua criação dramática, por Miguel Falcão
A Vida Mágica da Sementinha: poesia e ciência ou dos modos de conhecimento do mundo, por Bernardette Capelo-Pereira
Constantino, a infância e o sonho: superação das tensões essenciais da obra de Alves Redol, por Maria Madalena Marcos Carlos Teixeira da Silva
A obra para crianças de Alves Redol: o lúdico, o didático e o pictórico, por Anabela de Oliveira Figueiredo
2. TEXTO EXTRA-CONGRESSO
Crença e resignação no romance A Barca dos Sete Lemes, de Alves Redol, por Isabela Gomes Bustamante
3. ACTIVIDADES DA ASSOCIAÇÃO PROMOTORA DO MUSEU
DO NEO-REALISMO
Director: Vítor Pena Viçoso
Director-adjunto: António Mota Redol
Propriedade e Administração: Associação Promotora do Museu do Neo-Realismo
Colaboração com a entidade: Câmara Municipal de Vila Franca de Xira
Ano: 2012
Edição: Colibri
N. páginas: 376
ISSN: 1646-5989
Sinopse:
Alves Redol (n. Vila Franca de Xira, 29 de Dezembro de 1911 – m. Lisboa, 29 de Novembro de 1969) é pioneiro e construtor do movimento cultural do neo-realismo. Investigar a terra portuguesa e o seu povoamento humano, reinventando o legado etnográfico oitocentista e das primeiras décadas do século XX, levou-o a maturar a sua escrita comprometida e a aglutinar à sua volta inúmeros projectos no domínio da literatura, da etnografia, do cinema e das artes visuais; com eles perseguiu incansavelmente o sentido emancipatório do trabalho intelectual e da cultura.
A direcção da revista Nova Síntese – Textos e Contextos do Neo-Realismo decidiu reservar o presente número para reunir textos de distintos especialistas, que resultam das conferências e comunicações apresentadas no Congresso Internacional - "No centenário do nascimento de Alves Redol", em 19, 20 e 21 de Janeiro de 2012, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e no Museu do Neo-Realismo. Acreditamos que, com este número da Nova Síntese, inequivocamente se aprofundam as leituras críticas sobre a obra literária e cultural de Alves Redol.
Índice:
1. ALVES REDOL – HORIZONTE REVELADO
Nota introdutória
1.ª PARTE – CONFERÊNCIAS
Alves Redol e a poética do romance: encruzilhadas e derivas ideológicas, por Carlos Reis
Poética da transformação do texto em Avieiros, por Maria Alzira Seixo
Avieiros, de Alves Redol. Uma história das pequenas epopeias, por Helena Carvalhão Buescu
Para a história do neo-realismo: O Cavalo Espantado, testemunho ético-poético, por Ana Paula Ferreira
Alves Redol e a desconstrução do género: O Muro Branco, por Maria Graciete Besse
«A mão será a mesma?» – Notas autobiográficas de Alves Redol, por Paula Morão
Redol – O realismo e a «palavra-pele», por Isabel Pires de Lima
Alguns prefácios ou leitura(s) de Redol, por António Pedro Pita
Alves Redol: do ‘etnografismo’ à construção de uma poética da narrativa neo-realista, por Vítor Pena Viçoso
Gaibéus: obra de arte ou ensaio etnográfico? Alves Redol, a literatura e a antropologia, por Manuel Gusmão
Buscar a identidade na alteridade: Lopes-Graça e o conceito de ‘povo’ na música tradicional, por Mário Vieira de Carvalho
2.ª PARTE – COMUNICAÇÕES
Explicar, fixar, ajustar parâmetros do neo-realismo português, por Izabel Margato
Concepções de Alves Redol sobre a ficção e a narrativa: prefácios a Avieiros e a Fanga, por Antony Cardoso Bezerra
Prefácio de Alves Redol num livro de contos: Carlos Pato ou o homem que trazia o futuro no coração, por José do Carmo Francisco
Alves Redol nos ‘anos de chumbo’ do neo-realismo, por João Madeira
Entre a utopia e a distopia: a cosmovisão neo-realista, por Ana Cristina Correia Gil
Limites do literário na obra de Alves Redol, por José Manuel de Vasconcelos
A intertextualidade: um princípio da escrita redoliana?, por Lucien Diouf
Pensamento e acção de Alves Redol no neo-realismo visual: a estética, a arte e as artes visuo-plásticas, por Luísa Duarte Santos
‘A natureza mecânica da realidade’ – A fotografia e o Movimento Neo-Realista, por Emília Tavares
De bloco em punho e ‘máquina-de-tirar-retratos’: Alves Redol, o documento e a fotografia, por David Santos
O efeito pictural e o efeito fílmico na narrativa de Gaibéus, por David Lopes
Percursos de Alves Redol pelo teatro: panorâmica focada na sua criação dramática, por Miguel Falcão
A Vida Mágica da Sementinha: poesia e ciência ou dos modos de conhecimento do mundo, por Bernardette Capelo-Pereira
Constantino, a infância e o sonho: superação das tensões essenciais da obra de Alves Redol, por Maria Madalena Marcos Carlos Teixeira da Silva
A obra para crianças de Alves Redol: o lúdico, o didático e o pictórico, por Anabela de Oliveira Figueiredo
2. TEXTO EXTRA-CONGRESSO
Crença e resignação no romance A Barca dos Sete Lemes, de Alves Redol, por Isabela Gomes Bustamante
3. ACTIVIDADES DA ASSOCIAÇÃO PROMOTORA DO MUSEU
DO NEO-REALISMO
Director: Vítor Pena Viçoso
Director-adjunto: António Mota Redol
Propriedade e Administração: Associação Promotora do Museu do Neo-Realismo
Colaboração com a entidade: Câmara Municipal de Vila Franca de Xira
Ano: 2012
Edição: Colibri
N. páginas: 376
ISSN: 1646-5989
Nova Síntese, n.º 6 (2011)
Tema: Manuel da Fonseca
Sinopse:
Manuel da Fonseca (Santiago do Cacém, n. 1911 – m. 1993) é um nome maior do neo-realismo literário português. Na obra do escritor, a navegação pelo mundo faz-se com a limpidez das imagens sobre a infância e sobre a paisagem que não lhe abrandam o compromisso com as dores e os sonhos dos homens. Comunicando com o seu tempo, reinventando a tradição, decantando a escrita, Manuel da Fonseca é um autor com lugar próprio e uma referência na literatura portuguesa do século XX.
Em 2011, várias instituições celebraram o centenário do nascimento do escritor com iniciativas de carácter diverso. Numa parceria que se revelou proveitosa, o Centro de Estudos Comparatistas da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, a Associação Promotora do Museu do Neo-Realismo, o Museu do Neo-Realismo, a Câmara Municipal de Vila Franca de Xira e a Câmara Municipal de Santiago do Cacém congregaram esforços para organizar um Congresso Internacional, comemorativo dessa efeméride.
O Congresso adoptou o nome “Manuel da Fonseca – Por todas as Estradas do Mundo”, título da Exposição ao tempo patente no Museu do Neo-Realismo; este título, tal como consta no Catálogo, «faz referência a esse ímpeto de descoberta dos caminhos da humanidade» que pautou a vida e a escrita do autor. Foi realizado nos dias 7, 8 e 9 de Outubro de 2011, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, no Museu do Neo-Realismo (Vila Franca de Xira) e no Auditório António Chainho (Santiago do Cacém), respectivamente. As conferências e comunicações foram complementadas pelas seguintes actividades culturais: exibição do filme Cerromaior (1980), com comentários do realizador, Luís Filipe Rocha; recital de poesia de Manuel da Fonseca; visita/roteiro a espaços emblemáticos da obra do escritor, em Santiago do Cacém.
Índice:
1. MANUEL DA FONSECA POR TODAS AS ESTRADAS DO MUNDO
Nota Introdutória
As raízes do lugar, a memória e a errância na obra de Manuel da Fonseca, por Vítor Viçoso
A voz transgressiva na poesia de Manuel da Fonseca, por Manuel G. Simões
A obra poética de Manuel da Fonseca no contexto da poesia novecentista portuguesa: achegas para a sua compreensão, por Fernando J. B. Martinho
A poesia de Manuel da Fonseca e o Alentejo, por Manuel Gusmão
Leituras do Neo Realismo: Planície e Aldeia Nova, por Fernando Guimarães
Na justa proporção: brevidade e intensidade na contística de Manuel da Fonseca, por Cristina Almeida Ribeiro
“Um Anjo no Trapézio” de Manuel da Fonseca – um filme “literário” em 19 sequências, por Mário Jorge Torres
Manuel da Fonseca e a escrita da violência, por Carina Infante do Carmo
“Bichos no fojo”, sob a “luz do sol” em “campos abertos de espanto e sonho”: imagens de aprisionamento e de ruptura na obra de Manuel da Fonseca, por Michele Dull Sampaio Beraldo Matter
A maltesia na ficção de Manuel da Fonseca, por Maria da Glória Alhinho dos Santos
Manuel da Fonseca, leitor de Fialho de Almeida: metamorfoses de grotesto em Seara de Vento, por Isabel Cristina Mateus
Ressonâncias lorquianas na poesia de Manuel da Fonseca e Miguel Torga, por Dora Gago
Manuel da Fonseca e o Neo Realismo italiano (Cerromaior, Fontamara e outros romances rurais italianos dos anos 30 e 40), por José Manuel de Vasconcelos
Escritor, argumentista e actor: Manuel da Fonseca e os ventos do cinema, por David Santos
A visualidade em Manuel da Fonseca: um diálogo entre narratividade imagética e representação plástica, por Luísa Duarte Santos
A experiência neo realista do tempo histórico e o exercício pessoal da memória na poesia de Manuel da Fonseca, por João Laranjeira Henriques
Manuel da Fonseca: um intelectual comunista?, por João Madeira
2. SOBRE LIVROS APRESENTADOS EM SESSÕES ORGANIZADAS PELA ASSOCIAÇÃO PROMOTORA DO MUSEU DO NEO REALISMO
Poesia do Socialismo Português, de Sílvio Castro, por Manuel G. Simões
Poesia Socialista: Quando a Palavra Cantante Ilumina o Homem e o Seu Destino, por José Jorge Letria
Para a edição portuguesa do livro: García Lorca e Manuel da Fonseca: Dois Poetas em Confronto, de Manuel G. Simões, por António Gomes Marques
A Narrativa no Movimento Neo Realista – As Vozes Sociais e os Universos, da Ficção, de Vítor Viçoso
3. ACTIVIDADES DA ASSOCIAÇÃO PROMOTORADO MUSEU DO NEO REALISMO (2010)
Director: Vítor Pena Viçoso
Director-adjunto: António Mota Redol
Coordenadoras: Carina Infante do Carmo e Violante F. Magalhães
Propriedade e Administração: Associação Promotora do Museu do Neo-Realismo
Colaboração com a entidade: Câmara Municipal de Vila Franca de Xira
Ano: 2012
Edição: Colibri
N. páginas: 260
ISSN: 1646-5989
Sinopse:
Manuel da Fonseca (Santiago do Cacém, n. 1911 – m. 1993) é um nome maior do neo-realismo literário português. Na obra do escritor, a navegação pelo mundo faz-se com a limpidez das imagens sobre a infância e sobre a paisagem que não lhe abrandam o compromisso com as dores e os sonhos dos homens. Comunicando com o seu tempo, reinventando a tradição, decantando a escrita, Manuel da Fonseca é um autor com lugar próprio e uma referência na literatura portuguesa do século XX.
Em 2011, várias instituições celebraram o centenário do nascimento do escritor com iniciativas de carácter diverso. Numa parceria que se revelou proveitosa, o Centro de Estudos Comparatistas da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, a Associação Promotora do Museu do Neo-Realismo, o Museu do Neo-Realismo, a Câmara Municipal de Vila Franca de Xira e a Câmara Municipal de Santiago do Cacém congregaram esforços para organizar um Congresso Internacional, comemorativo dessa efeméride.
O Congresso adoptou o nome “Manuel da Fonseca – Por todas as Estradas do Mundo”, título da Exposição ao tempo patente no Museu do Neo-Realismo; este título, tal como consta no Catálogo, «faz referência a esse ímpeto de descoberta dos caminhos da humanidade» que pautou a vida e a escrita do autor. Foi realizado nos dias 7, 8 e 9 de Outubro de 2011, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, no Museu do Neo-Realismo (Vila Franca de Xira) e no Auditório António Chainho (Santiago do Cacém), respectivamente. As conferências e comunicações foram complementadas pelas seguintes actividades culturais: exibição do filme Cerromaior (1980), com comentários do realizador, Luís Filipe Rocha; recital de poesia de Manuel da Fonseca; visita/roteiro a espaços emblemáticos da obra do escritor, em Santiago do Cacém.
Índice:
1. MANUEL DA FONSECA POR TODAS AS ESTRADAS DO MUNDO
Nota Introdutória
As raízes do lugar, a memória e a errância na obra de Manuel da Fonseca, por Vítor Viçoso
A voz transgressiva na poesia de Manuel da Fonseca, por Manuel G. Simões
A obra poética de Manuel da Fonseca no contexto da poesia novecentista portuguesa: achegas para a sua compreensão, por Fernando J. B. Martinho
A poesia de Manuel da Fonseca e o Alentejo, por Manuel Gusmão
Leituras do Neo Realismo: Planície e Aldeia Nova, por Fernando Guimarães
Na justa proporção: brevidade e intensidade na contística de Manuel da Fonseca, por Cristina Almeida Ribeiro
“Um Anjo no Trapézio” de Manuel da Fonseca – um filme “literário” em 19 sequências, por Mário Jorge Torres
Manuel da Fonseca e a escrita da violência, por Carina Infante do Carmo
“Bichos no fojo”, sob a “luz do sol” em “campos abertos de espanto e sonho”: imagens de aprisionamento e de ruptura na obra de Manuel da Fonseca, por Michele Dull Sampaio Beraldo Matter
A maltesia na ficção de Manuel da Fonseca, por Maria da Glória Alhinho dos Santos
Manuel da Fonseca, leitor de Fialho de Almeida: metamorfoses de grotesto em Seara de Vento, por Isabel Cristina Mateus
Ressonâncias lorquianas na poesia de Manuel da Fonseca e Miguel Torga, por Dora Gago
Manuel da Fonseca e o Neo Realismo italiano (Cerromaior, Fontamara e outros romances rurais italianos dos anos 30 e 40), por José Manuel de Vasconcelos
Escritor, argumentista e actor: Manuel da Fonseca e os ventos do cinema, por David Santos
A visualidade em Manuel da Fonseca: um diálogo entre narratividade imagética e representação plástica, por Luísa Duarte Santos
A experiência neo realista do tempo histórico e o exercício pessoal da memória na poesia de Manuel da Fonseca, por João Laranjeira Henriques
Manuel da Fonseca: um intelectual comunista?, por João Madeira
2. SOBRE LIVROS APRESENTADOS EM SESSÕES ORGANIZADAS PELA ASSOCIAÇÃO PROMOTORA DO MUSEU DO NEO REALISMO
Poesia do Socialismo Português, de Sílvio Castro, por Manuel G. Simões
Poesia Socialista: Quando a Palavra Cantante Ilumina o Homem e o Seu Destino, por José Jorge Letria
Para a edição portuguesa do livro: García Lorca e Manuel da Fonseca: Dois Poetas em Confronto, de Manuel G. Simões, por António Gomes Marques
A Narrativa no Movimento Neo Realista – As Vozes Sociais e os Universos, da Ficção, de Vítor Viçoso
3. ACTIVIDADES DA ASSOCIAÇÃO PROMOTORADO MUSEU DO NEO REALISMO (2010)
Director: Vítor Pena Viçoso
Director-adjunto: António Mota Redol
Coordenadoras: Carina Infante do Carmo e Violante F. Magalhães
Propriedade e Administração: Associação Promotora do Museu do Neo-Realismo
Colaboração com a entidade: Câmara Municipal de Vila Franca de Xira
Ano: 2012
Edição: Colibri
N. páginas: 260
ISSN: 1646-5989
A Narrativa no Movimento Neo-Realista - As Vozes Sociais e os Universos da Ficção
Autor: Vítor Viçoso
Sinopse:
Este estudo é uma problematização da função estético-ideológica do Neo-Realismo, num contexto sociocultural e político específico, tendo em conta que as obras deste movimento, para lá da sua qualidade estética, são um documento, no plano do imaginário social associado a uma cultura da “resistência” à ditadura, imprescindível para o estudo da nossa História contemporânea. Através da análise textual, é também um contributo para uma história da narrativa social portuguesa, desde a década de 30 à de 70 do século XX.
Se toda a literatura é obviamente um acto cultural, podemos dizer que no caso do Neo-Realismo, por vezes, a concepção cultural, convenientemente codificada, se sobrepôs à própria especificidade da estética literária. E como todas as generalizações são abusivas, convém realçar que, apesar dos imperativos ideológicos, a prática estética de alguns dos seus autores revelou uma capacidade singular de fazer coexistir a comunhão ideológica e a idiossincrasia estética, tal foi o caso de Carlos de Oliveira, Alves Redol, Mário Dionísio, Soeiro Pereira Gomes, Manuel da Fonseca e Fernando Namora, entre outros.
Índice:
Introdução
I. A tragédia do mundo e o Neo-Realismo
1. O realismo socialista soviético e o Neo-Realismo português
2. A esteticização da política e a politização da estética
2.1. Do bloqueamento ao caminho
2.2. A dialéctica entre a forma e o conteúdo
2.3. A metáfora especular no Realismo e no Neo-Realismo
2.4. O realismo etnográfico de Alves Redol e a mimese do outro social
2.5. A doação de uma voz cultural a um novo destinatário social
2.6. A representação estética do povo e um novo tipo de intelectual
2.7. A ruptura com a cenografia bucólica nas narrativas rurais neo-realistas
2.8. A intersecção entre a cultura popular e a erudita
3. As relações do Neo-Realismo com o 1º e o 2º Modernismos
4. Uma polémica interior ao movimento: “a ponte abstracta”
5. O realismo social de Ferreira de Castro: o trânsito entre o Naturalismo e o Neo-Realismo
II. Os universos da ficção neo-realista
1. Os romances da juvenília neo-realista coimbrã: Fernando Namora e Vergílio Ferreira
2. As narrativas de temática rural: a semântica dos “alugados”, da fome e da rebeldia
2.1. Textos precursores da narrativa rural neo-realista
2.2. O realismo “etnográfico”, o épico e o lirismo telúrico em Alves Redol
2.3. A tragédia rural em Afonso Ribeiro
2.4. O lugar e a errância na obra de Manuel da Fonseca
2.5. Os conflitos sociais no espaço aldeão em Vergílio Ferreira
2.6. O real e as sombras na ficção de Mário Braga
2.7. O ciclo rural de Fernando Namora
2.8. As histórias alentejanas de Antunes da Silva
2.9. O tema da adolescência provinciana em Marmelo e Silva
2.10. O romance policial e a luta de classes em Jorge Reis
3. O halo e o espelho em Carlos de Oliveira
4. As narrativas de temática urbana
4.1. Histórias de operários e do lumpemproletariado
4.1.1. O épico-lírico na obra de Soeiro Pereira Gomes
4.1.2. Alves Redol e o operariado de Lisboa
4.1.3. Romeu Correia: o escritor da margem esquerda
4.1.4. “O Acidente” de José Rodrigues Miguéis: a construção da metáfora social
4.1.5. Júlio Graça: um olhar documental sobre o operariado alhandrense
4.1.6. A paisagem rural e a industrial em Manuel Ferreira
4.1.7. A epopeia dos mineiros em Manuel do Nascimento e Fernando Namora
4.1.8. Vicente Campinas: histórias de contrabando
4.2. Histórias de burgueses: Assis Esperança, Tomaz Ribas e Orlando Gonçalves
4.3. O ciclo urbano de Fernando Namora
4.4. Os bairros populares de Lisboa: Leão Penedo e Aleixo Ribeiro
4.5. A Lisboa dos contadores de histórias: Alexandre Cabral, Manuel Mendes, Mário Dionísio e José Gomes Ferreira
4.6. Os vagabundos na cidade: Joaquim Namorado, Leão Penedo e Mário Braga
5. Histórias de mulheres: Manuel do Nascimento, Leão Penedo e Faure da Rosa
6. Histórias de mulheres contadas por mulheres: Irene Lisboa, Manuela Porto, Maria Archer e Maria Lamas
7. As narrativas da luta clandestina: Mário Dionísio, Soeiro Pereira Gomes, Manuel Tiago, Mário Braga e Manuel da Fonseca
8. Histórias de emigração e exílio: Alves Redol, Joaquim Lagoeiro José Rodrigues Miguéis e Ilse Losa
9. Histórias coloniais: Manuel Ferreira, Castro Soromenho, Alexandre Cabral e Orlando da Costa
10. Sidónio Muralha: uma fábula anti-imperialista
III. Os herdeiros e os nostálgicos do Neo-Realismo
1. José Cardoso Pires: histórias de proveito e exemplo
2. Urbano Tavares Rodrigues: uma nova articulação entre o eu-individual e o eu-social
3. Augusto Abelaira (1959-1978): os heróis fracassados, o bolor e o tempo da espera
4. Baptista-Bastos: as palavras censuradas
5. Mário Ventura: do herói positivo ao herói problemático
6. Álvaro Guerra: uma alegoria do poder fundiário e do seu crepúsculo
7. José Saramago: dos homens levantados à ocupação do “Livro do Latifúndio”
IV. Como se fosse um epílogo
O AUTOR:
Vítor Viçoso (Lisboa, 1943) é professor aposentado da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde se doutorou em Literatura Portuguesa (1989). Para além de ensaios sobre Raul Brandão, Carlos de Oliveira e José Saramago, dos quais destacamos A Máscara e o Sonho – Vozes, Imagens e Símbolos na Ficção de Raul Brandão, publicou artigos sobre temas e autores do Romantismo, do Simbolismo e do Neo-Realismo. É actualmente director da revista Nova Síntese – Textos e Contextos do Neo-Realismo.
Colaboração com a entidade: Câmara Municipal de Vila Franca de Xira
Ano: 2011
Edição: Colibri
N. páginas: 354
ISBN: 978-989-689-146-6
Sinopse:
Este estudo é uma problematização da função estético-ideológica do Neo-Realismo, num contexto sociocultural e político específico, tendo em conta que as obras deste movimento, para lá da sua qualidade estética, são um documento, no plano do imaginário social associado a uma cultura da “resistência” à ditadura, imprescindível para o estudo da nossa História contemporânea. Através da análise textual, é também um contributo para uma história da narrativa social portuguesa, desde a década de 30 à de 70 do século XX.
Se toda a literatura é obviamente um acto cultural, podemos dizer que no caso do Neo-Realismo, por vezes, a concepção cultural, convenientemente codificada, se sobrepôs à própria especificidade da estética literária. E como todas as generalizações são abusivas, convém realçar que, apesar dos imperativos ideológicos, a prática estética de alguns dos seus autores revelou uma capacidade singular de fazer coexistir a comunhão ideológica e a idiossincrasia estética, tal foi o caso de Carlos de Oliveira, Alves Redol, Mário Dionísio, Soeiro Pereira Gomes, Manuel da Fonseca e Fernando Namora, entre outros.
Índice:
Introdução
I. A tragédia do mundo e o Neo-Realismo
1. O realismo socialista soviético e o Neo-Realismo português
2. A esteticização da política e a politização da estética
2.1. Do bloqueamento ao caminho
2.2. A dialéctica entre a forma e o conteúdo
2.3. A metáfora especular no Realismo e no Neo-Realismo
2.4. O realismo etnográfico de Alves Redol e a mimese do outro social
2.5. A doação de uma voz cultural a um novo destinatário social
2.6. A representação estética do povo e um novo tipo de intelectual
2.7. A ruptura com a cenografia bucólica nas narrativas rurais neo-realistas
2.8. A intersecção entre a cultura popular e a erudita
3. As relações do Neo-Realismo com o 1º e o 2º Modernismos
4. Uma polémica interior ao movimento: “a ponte abstracta”
5. O realismo social de Ferreira de Castro: o trânsito entre o Naturalismo e o Neo-Realismo
II. Os universos da ficção neo-realista
1. Os romances da juvenília neo-realista coimbrã: Fernando Namora e Vergílio Ferreira
2. As narrativas de temática rural: a semântica dos “alugados”, da fome e da rebeldia
2.1. Textos precursores da narrativa rural neo-realista
2.2. O realismo “etnográfico”, o épico e o lirismo telúrico em Alves Redol
2.3. A tragédia rural em Afonso Ribeiro
2.4. O lugar e a errância na obra de Manuel da Fonseca
2.5. Os conflitos sociais no espaço aldeão em Vergílio Ferreira
2.6. O real e as sombras na ficção de Mário Braga
2.7. O ciclo rural de Fernando Namora
2.8. As histórias alentejanas de Antunes da Silva
2.9. O tema da adolescência provinciana em Marmelo e Silva
2.10. O romance policial e a luta de classes em Jorge Reis
3. O halo e o espelho em Carlos de Oliveira
4. As narrativas de temática urbana
4.1. Histórias de operários e do lumpemproletariado
4.1.1. O épico-lírico na obra de Soeiro Pereira Gomes
4.1.2. Alves Redol e o operariado de Lisboa
4.1.3. Romeu Correia: o escritor da margem esquerda
4.1.4. “O Acidente” de José Rodrigues Miguéis: a construção da metáfora social
4.1.5. Júlio Graça: um olhar documental sobre o operariado alhandrense
4.1.6. A paisagem rural e a industrial em Manuel Ferreira
4.1.7. A epopeia dos mineiros em Manuel do Nascimento e Fernando Namora
4.1.8. Vicente Campinas: histórias de contrabando
4.2. Histórias de burgueses: Assis Esperança, Tomaz Ribas e Orlando Gonçalves
4.3. O ciclo urbano de Fernando Namora
4.4. Os bairros populares de Lisboa: Leão Penedo e Aleixo Ribeiro
4.5. A Lisboa dos contadores de histórias: Alexandre Cabral, Manuel Mendes, Mário Dionísio e José Gomes Ferreira
4.6. Os vagabundos na cidade: Joaquim Namorado, Leão Penedo e Mário Braga
5. Histórias de mulheres: Manuel do Nascimento, Leão Penedo e Faure da Rosa
6. Histórias de mulheres contadas por mulheres: Irene Lisboa, Manuela Porto, Maria Archer e Maria Lamas
7. As narrativas da luta clandestina: Mário Dionísio, Soeiro Pereira Gomes, Manuel Tiago, Mário Braga e Manuel da Fonseca
8. Histórias de emigração e exílio: Alves Redol, Joaquim Lagoeiro José Rodrigues Miguéis e Ilse Losa
9. Histórias coloniais: Manuel Ferreira, Castro Soromenho, Alexandre Cabral e Orlando da Costa
10. Sidónio Muralha: uma fábula anti-imperialista
III. Os herdeiros e os nostálgicos do Neo-Realismo
1. José Cardoso Pires: histórias de proveito e exemplo
2. Urbano Tavares Rodrigues: uma nova articulação entre o eu-individual e o eu-social
3. Augusto Abelaira (1959-1978): os heróis fracassados, o bolor e o tempo da espera
4. Baptista-Bastos: as palavras censuradas
5. Mário Ventura: do herói positivo ao herói problemático
6. Álvaro Guerra: uma alegoria do poder fundiário e do seu crepúsculo
7. José Saramago: dos homens levantados à ocupação do “Livro do Latifúndio”
IV. Como se fosse um epílogo
O AUTOR:
Vítor Viçoso (Lisboa, 1943) é professor aposentado da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde se doutorou em Literatura Portuguesa (1989). Para além de ensaios sobre Raul Brandão, Carlos de Oliveira e José Saramago, dos quais destacamos A Máscara e o Sonho – Vozes, Imagens e Símbolos na Ficção de Raul Brandão, publicou artigos sobre temas e autores do Romantismo, do Simbolismo e do Neo-Realismo. É actualmente director da revista Nova Síntese – Textos e Contextos do Neo-Realismo.
Colaboração com a entidade: Câmara Municipal de Vila Franca de Xira
Ano: 2011
Edição: Colibri
N. páginas: 354
ISBN: 978-989-689-146-6
A Narrativa no Movimento Neo-Realista - As Vozes Sociais e os Universos da Ficção
Autor: Vítor Viçoso
Sinopse:
Este estudo é uma problematização da função estético-ideológica do Neo-Realismo, num contexto sociocultural e político específico, tendo em conta que as obras deste movimento, para lá da sua qualidade estética, são um documento, no plano do imaginário social associado a uma cultura da “resistência” à ditadura, imprescindível para o estudo da nossa História contemporânea. Através da análise textual, é também um contributo para uma história da narrativa social portuguesa, desde a década de 30 à de 70 do século XX.
Se toda a literatura é obviamente um acto cultural, podemos dizer que no caso do Neo-Realismo, por vezes, a concepção cultural, convenientemente codificada, se sobrepôs à própria especificidade da estética literária. E como todas as generalizações são abusivas, convém realçar que, apesar dos imperativos ideológicos, a prática estética de alguns dos seus autores revelou uma capacidade singular de fazer coexistir a comunhão ideológica e a idiossincrasia estética, tal foi o caso de Carlos de Oliveira, Alves Redol, Mário Dionísio, Soeiro Pereira Gomes, Manuel da Fonseca e Fernando Namora, entre outros.
Índice:
Introdução
I. A tragédia do mundo e o Neo-Realismo
1. O realismo socialista soviético e o Neo-Realismo português
2. A esteticização da política e a politização da estética
2.1. Do bloqueamento ao caminho
2.2. A dialéctica entre a forma e o conteúdo
2.3. A metáfora especular no Realismo e no Neo-Realismo
2.4. O realismo etnográfico de Alves Redol e a mimese do outro social
2.5. A doação de uma voz cultural a um novo destinatário social
2.6. A representação estética do povo e um novo tipo de intelectual
2.7. A ruptura com a cenografia bucólica nas narrativas rurais neo-realistas
2.8. A intersecção entre a cultura popular e a erudita
3. As relações do Neo-Realismo com o 1º e o 2º Modernismos
4. Uma polémica interior ao movimento: “a ponte abstracta”
5. O realismo social de Ferreira de Castro: o trânsito entre o Naturalismo e o Neo-Realismo
II. Os universos da ficção neo-realista
1. Os romances da juvenília neo-realista coimbrã: Fernando Namora e Vergílio Ferreira
2. As narrativas de temática rural: a semântica dos “alugados”, da fome e da rebeldia
2.1. Textos precursores da narrativa rural neo-realista
2.2. O realismo “etnográfico”, o épico e o lirismo telúrico em Alves Redol
2.3. A tragédia rural em Afonso Ribeiro
2.4. O lugar e a errância na obra de Manuel da Fonseca
2.5. Os conflitos sociais no espaço aldeão em Vergílio Ferreira
2.6. O real e as sombras na ficção de Mário Braga
2.7. O ciclo rural de Fernando Namora
2.8. As histórias alentejanas de Antunes da Silva
2.9. O tema da adolescência provinciana em Marmelo e Silva
2.10. O romance policial e a luta de classes em Jorge Reis
3. O halo e o espelho em Carlos de Oliveira
4. As narrativas de temática urbana
4.1. Histórias de operários e do lumpemproletariado
4.1.1. O épico-lírico na obra de Soeiro Pereira Gomes
4.1.2. Alves Redol e o operariado de Lisboa
4.1.3. Romeu Correia: o escritor da margem esquerda
4.1.4. “O Acidente” de José Rodrigues Miguéis: a construção da metáfora social
4.1.5. Júlio Graça: um olhar documental sobre o operariado alhandrense
4.1.6. A paisagem rural e a industrial em Manuel Ferreira
4.1.7. A epopeia dos mineiros em Manuel do Nascimento e Fernando Namora
4.1.8. Vicente Campinas: histórias de contrabando
4.2. Histórias de burgueses: Assis Esperança, Tomaz Ribas e Orlando Gonçalves
4.3. O ciclo urbano de Fernando Namora
4.4. Os bairros populares de Lisboa: Leão Penedo e Aleixo Ribeiro
4.5. A Lisboa dos contadores de histórias: Alexandre Cabral, Manuel Mendes, Mário Dionísio e José Gomes Ferreira
4.6. Os vagabundos na cidade: Joaquim Namorado, Leão Penedo e Mário Braga
5. Histórias de mulheres: Manuel do Nascimento, Leão Penedo e Faure da Rosa
6. Histórias de mulheres contadas por mulheres: Irene Lisboa, Manuela Porto, Maria Archer e Maria Lamas
7. As narrativas da luta clandestina: Mário Dionísio, Soeiro Pereira Gomes, Manuel Tiago, Mário Braga e Manuel da Fonseca
8. Histórias de emigração e exílio: Alves Redol, Joaquim Lagoeiro José Rodrigues Miguéis e Ilse Losa
9. Histórias coloniais: Manuel Ferreira, Castro Soromenho, Alexandre Cabral e Orlando da Costa
10. Sidónio Muralha: uma fábula anti-imperialista
III. Os herdeiros e os nostálgicos do Neo-Realismo
1. José Cardoso Pires: histórias de proveito e exemplo
2. Urbano Tavares Rodrigues: uma nova articulação entre o eu-individual e o eu-social
3. Augusto Abelaira (1959-1978): os heróis fracassados, o bolor e o tempo da espera
4. Baptista-Bastos: as palavras censuradas
5. Mário Ventura: do herói positivo ao herói problemático
6. Álvaro Guerra: uma alegoria do poder fundiário e do seu crepúsculo
7. José Saramago: dos homens levantados à ocupação do “Livro do Latifúndio”
IV. Como se fosse um epílogo
O AUTOR:
Vítor Viçoso (Lisboa, 1943) é professor aposentado da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde se doutorou em Literatura Portuguesa (1989). Para além de ensaios sobre Raul Brandão, Carlos de Oliveira e José Saramago, dos quais destacamos A Máscara e o Sonho – Vozes, Imagens e Símbolos na Ficção de Raul Brandão, publicou artigos sobre temas e autores do Romantismo, do Simbolismo e do Neo-Realismo. É actualmente director da revista Nova Síntese – Textos e Contextos do Neo-Realismo.
Colaboração com a entidade: Câmara Municipal de Vila Franca de Xira
Ano: 2011
Edição: Colibri
N. páginas: 354
ISBN: 978-989-689-146-6
Sinopse:
Este estudo é uma problematização da função estético-ideológica do Neo-Realismo, num contexto sociocultural e político específico, tendo em conta que as obras deste movimento, para lá da sua qualidade estética, são um documento, no plano do imaginário social associado a uma cultura da “resistência” à ditadura, imprescindível para o estudo da nossa História contemporânea. Através da análise textual, é também um contributo para uma história da narrativa social portuguesa, desde a década de 30 à de 70 do século XX.
Se toda a literatura é obviamente um acto cultural, podemos dizer que no caso do Neo-Realismo, por vezes, a concepção cultural, convenientemente codificada, se sobrepôs à própria especificidade da estética literária. E como todas as generalizações são abusivas, convém realçar que, apesar dos imperativos ideológicos, a prática estética de alguns dos seus autores revelou uma capacidade singular de fazer coexistir a comunhão ideológica e a idiossincrasia estética, tal foi o caso de Carlos de Oliveira, Alves Redol, Mário Dionísio, Soeiro Pereira Gomes, Manuel da Fonseca e Fernando Namora, entre outros.
Índice:
Introdução
I. A tragédia do mundo e o Neo-Realismo
1. O realismo socialista soviético e o Neo-Realismo português
2. A esteticização da política e a politização da estética
2.1. Do bloqueamento ao caminho
2.2. A dialéctica entre a forma e o conteúdo
2.3. A metáfora especular no Realismo e no Neo-Realismo
2.4. O realismo etnográfico de Alves Redol e a mimese do outro social
2.5. A doação de uma voz cultural a um novo destinatário social
2.6. A representação estética do povo e um novo tipo de intelectual
2.7. A ruptura com a cenografia bucólica nas narrativas rurais neo-realistas
2.8. A intersecção entre a cultura popular e a erudita
3. As relações do Neo-Realismo com o 1º e o 2º Modernismos
4. Uma polémica interior ao movimento: “a ponte abstracta”
5. O realismo social de Ferreira de Castro: o trânsito entre o Naturalismo e o Neo-Realismo
II. Os universos da ficção neo-realista
1. Os romances da juvenília neo-realista coimbrã: Fernando Namora e Vergílio Ferreira
2. As narrativas de temática rural: a semântica dos “alugados”, da fome e da rebeldia
2.1. Textos precursores da narrativa rural neo-realista
2.2. O realismo “etnográfico”, o épico e o lirismo telúrico em Alves Redol
2.3. A tragédia rural em Afonso Ribeiro
2.4. O lugar e a errância na obra de Manuel da Fonseca
2.5. Os conflitos sociais no espaço aldeão em Vergílio Ferreira
2.6. O real e as sombras na ficção de Mário Braga
2.7. O ciclo rural de Fernando Namora
2.8. As histórias alentejanas de Antunes da Silva
2.9. O tema da adolescência provinciana em Marmelo e Silva
2.10. O romance policial e a luta de classes em Jorge Reis
3. O halo e o espelho em Carlos de Oliveira
4. As narrativas de temática urbana
4.1. Histórias de operários e do lumpemproletariado
4.1.1. O épico-lírico na obra de Soeiro Pereira Gomes
4.1.2. Alves Redol e o operariado de Lisboa
4.1.3. Romeu Correia: o escritor da margem esquerda
4.1.4. “O Acidente” de José Rodrigues Miguéis: a construção da metáfora social
4.1.5. Júlio Graça: um olhar documental sobre o operariado alhandrense
4.1.6. A paisagem rural e a industrial em Manuel Ferreira
4.1.7. A epopeia dos mineiros em Manuel do Nascimento e Fernando Namora
4.1.8. Vicente Campinas: histórias de contrabando
4.2. Histórias de burgueses: Assis Esperança, Tomaz Ribas e Orlando Gonçalves
4.3. O ciclo urbano de Fernando Namora
4.4. Os bairros populares de Lisboa: Leão Penedo e Aleixo Ribeiro
4.5. A Lisboa dos contadores de histórias: Alexandre Cabral, Manuel Mendes, Mário Dionísio e José Gomes Ferreira
4.6. Os vagabundos na cidade: Joaquim Namorado, Leão Penedo e Mário Braga
5. Histórias de mulheres: Manuel do Nascimento, Leão Penedo e Faure da Rosa
6. Histórias de mulheres contadas por mulheres: Irene Lisboa, Manuela Porto, Maria Archer e Maria Lamas
7. As narrativas da luta clandestina: Mário Dionísio, Soeiro Pereira Gomes, Manuel Tiago, Mário Braga e Manuel da Fonseca
8. Histórias de emigração e exílio: Alves Redol, Joaquim Lagoeiro José Rodrigues Miguéis e Ilse Losa
9. Histórias coloniais: Manuel Ferreira, Castro Soromenho, Alexandre Cabral e Orlando da Costa
10. Sidónio Muralha: uma fábula anti-imperialista
III. Os herdeiros e os nostálgicos do Neo-Realismo
1. José Cardoso Pires: histórias de proveito e exemplo
2. Urbano Tavares Rodrigues: uma nova articulação entre o eu-individual e o eu-social
3. Augusto Abelaira (1959-1978): os heróis fracassados, o bolor e o tempo da espera
4. Baptista-Bastos: as palavras censuradas
5. Mário Ventura: do herói positivo ao herói problemático
6. Álvaro Guerra: uma alegoria do poder fundiário e do seu crepúsculo
7. José Saramago: dos homens levantados à ocupação do “Livro do Latifúndio”
IV. Como se fosse um epílogo
O AUTOR:
Vítor Viçoso (Lisboa, 1943) é professor aposentado da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde se doutorou em Literatura Portuguesa (1989). Para além de ensaios sobre Raul Brandão, Carlos de Oliveira e José Saramago, dos quais destacamos A Máscara e o Sonho – Vozes, Imagens e Símbolos na Ficção de Raul Brandão, publicou artigos sobre temas e autores do Romantismo, do Simbolismo e do Neo-Realismo. É actualmente director da revista Nova Síntese – Textos e Contextos do Neo-Realismo.
Colaboração com a entidade: Câmara Municipal de Vila Franca de Xira
Ano: 2011
Edição: Colibri
N. páginas: 354
ISBN: 978-989-689-146-6
Nova Síntese, n.º 5 (2010)
Tema: A Poesia no Neo-Realismo
Sinopse:
Na sequência dos números anteriores de Nova Síntese – revista que se propõe, é bom recordá-lo, «incentivar a renovação dos estudos sobre o neo-realismo e o seu contexto mais amplo» (n.º 1, p. 5) – o presente fascículo representa uma tentativa de aprofundar o discurso crítico sobre a poesia neo-realista, produzindo uma exegese, tão ampla quanto possível, sobre a obra poética dos intervenientes do movimento que dinamizou a cultura portuguesa nas décadas de 40, 50 e 60 do século XX, com epígonos ainda na década seguinte.
Sem pretender exaurir os diversos aspectos que a poética neo-realista assumiu como traços distintivos de um produto que sempre procurou a confluência entre a ética e a estética, este número fornece, porém, assim o cremos, estudos que, embora seguindo diversas metodologias, de algum modo iluminam arestas ou possíveis zonas de sombra que estereótipos ainda hoje enraizados em certa crítica, até universitária, pretenderam acentuar, quanto a nós partindo de um princípio inútil e estéril, isto porque nunca foi capaz de considerar até que ponto a poesia neo-realista pôs em causa um discurso poético que tendia para formas e fórmulas que, na sua opacidade, não contemplavam o país real e a necessidade de interferir no tecido social.
Índice:
1. A POESIA DO NEO-REALISMO
1.1 LITERATURA
Nota Introdutória
Itinerários de uma poética, por Manuel G. Simões
A herança do romantismo social na poesia do neo-realismo português, por Sílvio Castro
A revista presença e a poesia neo-realista , por Eugénio Lisboa
Os poetas do “Novo Cancioneiro”. Uma realização polifónica, por Fernando J.B. Martinho
A poesia de Fernando Namora. Terra, um contributo para o conhecimento da gleba , por Fernando Batista
João José Cochofel, poeta da revolta melancólica, por José Ferraz Diogo
Carlos de Oliveira: “a procura das melhores palavras”, por Izabel Margato
Um “Pucarinho de esperança” – A literatura para crianças em Sidónio Muralha, por Violante F. Magalhães
Armindo Rodrigues – O poeta do lirismo que nos interroga, ou a inquieta modernidade na configuração do real, por Domingos Lobo
Algumas considerações sobre o “Cancioneiro Vértice”, por Luís Serrano
Utopia e distopia no universo poético do neo-realismo (Notícias do Bloqueio, de Egito Gonçalves e A Invenção do Amor, de Daniel Filipe), por Carlos Loures
O sistema interrogativo de Egito Gonçalves, por Maria Alzira Seixo
António Gedeão: uma “envolvente solidão compacta”, por Fernando Guimarães
A poesia e a dimensão cultural nos espaços coloniais e pós-coloniais, por Carlos Jorge Figueiredo Jorge
1.2 ARTES VISUAIS
Lisboa, cidade triste e alegre – As imagens e as palavras no “poema gráfico” de Victor Palla e Costa Martins, por David Santos
2. O ano de 2010 no Museu do Neo-Realismo
3. Actividades da Associação Promotora do Museu do Neo-Realismo (2009)
Director: Vítor Pena Viçoso
Director-adjunto: António Mota Redol
Propriedade e Administração: Associação Promotora do Museu do Neo-Realismo
Ano: 2010
Edição: Colibri
N. páginas: 272
ISSN: 1646-5989
Sinopse:
Na sequência dos números anteriores de Nova Síntese – revista que se propõe, é bom recordá-lo, «incentivar a renovação dos estudos sobre o neo-realismo e o seu contexto mais amplo» (n.º 1, p. 5) – o presente fascículo representa uma tentativa de aprofundar o discurso crítico sobre a poesia neo-realista, produzindo uma exegese, tão ampla quanto possível, sobre a obra poética dos intervenientes do movimento que dinamizou a cultura portuguesa nas décadas de 40, 50 e 60 do século XX, com epígonos ainda na década seguinte.
Sem pretender exaurir os diversos aspectos que a poética neo-realista assumiu como traços distintivos de um produto que sempre procurou a confluência entre a ética e a estética, este número fornece, porém, assim o cremos, estudos que, embora seguindo diversas metodologias, de algum modo iluminam arestas ou possíveis zonas de sombra que estereótipos ainda hoje enraizados em certa crítica, até universitária, pretenderam acentuar, quanto a nós partindo de um princípio inútil e estéril, isto porque nunca foi capaz de considerar até que ponto a poesia neo-realista pôs em causa um discurso poético que tendia para formas e fórmulas que, na sua opacidade, não contemplavam o país real e a necessidade de interferir no tecido social.
Índice:
1. A POESIA DO NEO-REALISMO
1.1 LITERATURA
Nota Introdutória
Itinerários de uma poética, por Manuel G. Simões
A herança do romantismo social na poesia do neo-realismo português, por Sílvio Castro
A revista presença e a poesia neo-realista , por Eugénio Lisboa
Os poetas do “Novo Cancioneiro”. Uma realização polifónica, por Fernando J.B. Martinho
A poesia de Fernando Namora. Terra, um contributo para o conhecimento da gleba , por Fernando Batista
João José Cochofel, poeta da revolta melancólica, por José Ferraz Diogo
Carlos de Oliveira: “a procura das melhores palavras”, por Izabel Margato
Um “Pucarinho de esperança” – A literatura para crianças em Sidónio Muralha, por Violante F. Magalhães
Armindo Rodrigues – O poeta do lirismo que nos interroga, ou a inquieta modernidade na configuração do real, por Domingos Lobo
Algumas considerações sobre o “Cancioneiro Vértice”, por Luís Serrano
Utopia e distopia no universo poético do neo-realismo (Notícias do Bloqueio, de Egito Gonçalves e A Invenção do Amor, de Daniel Filipe), por Carlos Loures
O sistema interrogativo de Egito Gonçalves, por Maria Alzira Seixo
António Gedeão: uma “envolvente solidão compacta”, por Fernando Guimarães
A poesia e a dimensão cultural nos espaços coloniais e pós-coloniais, por Carlos Jorge Figueiredo Jorge
1.2 ARTES VISUAIS
Lisboa, cidade triste e alegre – As imagens e as palavras no “poema gráfico” de Victor Palla e Costa Martins, por David Santos
2. O ano de 2010 no Museu do Neo-Realismo
3. Actividades da Associação Promotora do Museu do Neo-Realismo (2009)
Director: Vítor Pena Viçoso
Director-adjunto: António Mota Redol
Propriedade e Administração: Associação Promotora do Museu do Neo-Realismo
Ano: 2010
Edição: Colibri
N. páginas: 272
ISSN: 1646-5989
Nova Síntese, n.º 4 (2009)
Tema: O Rural e o Urbano no Neo-realismo
Sinopse:
Um dos mitos que há sobre o Neo-Realismo é que é uma literatura/arte do rural. Aqui, mostra-se que não é assim, que certos autores se debruçaram sempre sobre a sociedade urbana e outros sobre as duas sociedades. Outros, ainda, só sobre a sociedade rural.
Director: Vítor Pena Viçoso
Director-adjunto: António Mota Redol
Propriedade e Administração: Associação Promotora do Museu do Neo-Realismo
Ano: 2009
Edição: Colibri
N. páginas: 297
ISSN: 1646-5989
Sinopse:
Um dos mitos que há sobre o Neo-Realismo é que é uma literatura/arte do rural. Aqui, mostra-se que não é assim, que certos autores se debruçaram sempre sobre a sociedade urbana e outros sobre as duas sociedades. Outros, ainda, só sobre a sociedade rural.
Director: Vítor Pena Viçoso
Director-adjunto: António Mota Redol
Propriedade e Administração: Associação Promotora do Museu do Neo-Realismo
Ano: 2009
Edição: Colibri
N. páginas: 297
ISSN: 1646-5989
Nova Síntese, n.º 2/3 (2007/08)
Índice
1. AS IMAGENS DO FEMININO: DO REALISMO AO NEO-REALISMO
Nota introdutória
A construção do feminino n’«As Farpas», n’«O Crime do Padre Amaro» e n’ «O Primo Bazílio» de Eça de Queiroz, por Vítor Viçoso
No tempo da sede saciada - Imagens do feminino em Aquilino Ribeiro, por Serafina Martins
Preconceito e orgulho em «A Tempestade» de Ferreira de Castro, por Ricardo António Alves
Neo-Realismo e mulheres - Olhares cruzados entre as vivências e a escrita em Redol, por Helena Neves
Porque é mulher, se calhar!, por Fernanda Branco
A presença da mulher na poesia de Joaquim Namorado, por Maria Fernanda Campos
A mulher na obra de Manuel da Fonseca - preconceitos, infracção e libertação, por Urbano Tavares Rodrigues
Representações literárias da condição feminina na obra de Manuel da Fonseca, por Manuel G. Simões
A representação do feminino em «Retalhos da Vida de um Médico» (1ª série) de Fernando Namora, por Armindo Azevedo Nunes
Do útero indiferente ao erotismo imaginado: as personagens femininas nos romances de Carlos de Oliveira, por Vítor Viçoso
Ser menos e vencer - A questão feminina em romances de Faure da Rosa, por Maria Alzira Seixo
O país das mulheres de Maria Lamas, por José Neves
A Joaninha de Maria Lamas, por Maria Antónia Fiadeiro
As personagens femininas em «O Delfim», de José Cardoso Pires, por Marcelo Oliveira
Maria da Fonte em «O Render dos Heróis» de José Cardoso Pires, por Carla Covas
«A que leva as notícias», num poema de Egito Gonçalves, por Fernando J. B. Martinho
O erotismo e a estética visual neo-realista, por David Santos
Desenho no feminino - A utopia neo-realista e o lirismo de Cipriano Dourado, por Luísa Duarte Santos
2. HISTÓRIAS DE MULHERES
A professora do xaile amarelo - A escola primária numa aldeia do Alentejo na primeira metade do século XX, por Arlindo Manuel Caldeira
As lutas das mulheres de Alhandra, por Pedro Paulo Neto
Páginas de um romance inédito, por Cristina Silva
3. NO CENTENÁRIO DO NASCIMENTO DE FERNANDO LOPES GRAÇA (2006)
Música e transformação - Estudo filosófico sobre a função social da arte musical - O exemplo de Fernando Lopes Graça, por João Maria de Freitas Branco
4. NO CENTENÁRIO DO NASCIMENTO DE FLAUSINO TORRES (2006)
Flausino Torres, intelectual antifascista, por Paulo Torres Bento
5. NO CENTENÁRIO DO NASCIMENTO DE ROBERTO ROSSELLINI E LUCHINO VISCONTI (2006)
Roberto Rossellini e Luchino Visconti, figuras cruciais do cinema italiano do pós-guerra e o movimento cinematográfico do neo-realismo, por David Lopes
6. «SOL NASCENTE - DA CULTURA REPUBLICANA E ANARQUISTA AO NEO-REALISMO», DE LUÍS CRESPO DE ANDRADE
Apontamentos de Arquimedes da Silva Santos
Tempos de Sol Nascente, por João Madeira
7. ACTIVIDADES DA ASSOCIAÇÃO PROMOTORA DO MUSEU DO NEO-REALISMO
Director: Vítor Pena Viçoso
Director-adjunto: António Mota Redol
Propriedade e Administração: Associação Promotora do Museu do Neo-Realismo
1. AS IMAGENS DO FEMININO: DO REALISMO AO NEO-REALISMO
Nota introdutória
A construção do feminino n’«As Farpas», n’«O Crime do Padre Amaro» e n’ «O Primo Bazílio» de Eça de Queiroz, por Vítor Viçoso
No tempo da sede saciada - Imagens do feminino em Aquilino Ribeiro, por Serafina Martins
Preconceito e orgulho em «A Tempestade» de Ferreira de Castro, por Ricardo António Alves
Neo-Realismo e mulheres - Olhares cruzados entre as vivências e a escrita em Redol, por Helena Neves
Porque é mulher, se calhar!, por Fernanda Branco
A presença da mulher na poesia de Joaquim Namorado, por Maria Fernanda Campos
A mulher na obra de Manuel da Fonseca - preconceitos, infracção e libertação, por Urbano Tavares Rodrigues
Representações literárias da condição feminina na obra de Manuel da Fonseca, por Manuel G. Simões
A representação do feminino em «Retalhos da Vida de um Médico» (1ª série) de Fernando Namora, por Armindo Azevedo Nunes
Do útero indiferente ao erotismo imaginado: as personagens femininas nos romances de Carlos de Oliveira, por Vítor Viçoso
Ser menos e vencer - A questão feminina em romances de Faure da Rosa, por Maria Alzira Seixo
O país das mulheres de Maria Lamas, por José Neves
A Joaninha de Maria Lamas, por Maria Antónia Fiadeiro
As personagens femininas em «O Delfim», de José Cardoso Pires, por Marcelo Oliveira
Maria da Fonte em «O Render dos Heróis» de José Cardoso Pires, por Carla Covas
«A que leva as notícias», num poema de Egito Gonçalves, por Fernando J. B. Martinho
O erotismo e a estética visual neo-realista, por David Santos
Desenho no feminino - A utopia neo-realista e o lirismo de Cipriano Dourado, por Luísa Duarte Santos
2. HISTÓRIAS DE MULHERES
A professora do xaile amarelo - A escola primária numa aldeia do Alentejo na primeira metade do século XX, por Arlindo Manuel Caldeira
As lutas das mulheres de Alhandra, por Pedro Paulo Neto
Páginas de um romance inédito, por Cristina Silva
3. NO CENTENÁRIO DO NASCIMENTO DE FERNANDO LOPES GRAÇA (2006)
Música e transformação - Estudo filosófico sobre a função social da arte musical - O exemplo de Fernando Lopes Graça, por João Maria de Freitas Branco
4. NO CENTENÁRIO DO NASCIMENTO DE FLAUSINO TORRES (2006)
Flausino Torres, intelectual antifascista, por Paulo Torres Bento
5. NO CENTENÁRIO DO NASCIMENTO DE ROBERTO ROSSELLINI E LUCHINO VISCONTI (2006)
Roberto Rossellini e Luchino Visconti, figuras cruciais do cinema italiano do pós-guerra e o movimento cinematográfico do neo-realismo, por David Lopes
6. «SOL NASCENTE - DA CULTURA REPUBLICANA E ANARQUISTA AO NEO-REALISMO», DE LUÍS CRESPO DE ANDRADE
Apontamentos de Arquimedes da Silva Santos
Tempos de Sol Nascente, por João Madeira
7. ACTIVIDADES DA ASSOCIAÇÃO PROMOTORA DO MUSEU DO NEO-REALISMO
Director: Vítor Pena Viçoso
Director-adjunto: António Mota Redol
Propriedade e Administração: Associação Promotora do Museu do Neo-Realismo
Ano: 2008
Páginas: 396
Edição:Campo das Letras
ISBN: 9771646598008
Nova Síntese, n.º 1 (2006)
Neste número:
- "Nova Síntese" - Resumo do projecto editorial. Explicitação da sua temática. Fragmentos de uma história. Fac-simile da capa do n.º 1 da revista "Síntese", de Fevereiro de 1939
- História da história e estética do Neo-Realismo
- Centenário do nascimento de Armindo Rodrigues (2004)
- Centenário do nascimento de Pablo Neruda (2004)
- Actividades da Associação Promotora do Museu do Neo-Realismo
No título e no subtítulo de "Nova Síntese" condensam-se a identidade e os propósitos fundamentais desta nova publicação.
Em primeiro lugar, a identidade. Percebe-se que a actual "Nova Síntese" pretende continuar, ao jeito de herança que se honra, o título de uma outra "Síntese" que foi, entre 1939 e 1941, o lugar de uma cultura em processo de transformação paradigmática através do qual ficava na ordem do dia a substituição, por uma nova polaridade científico-cultural, da antiga polaridade histórico-literária, que permanecia a referência fundamental da intelectualidade. Não foi, sequer, em estrito rigor, uma publicação doutrinária do movimento neo-realista: mas, desde o primeiro número, uma revista de convergência de múltiplas escolhas.
Em segundo lugar, os propósitos. Ao estabelecer a conjugação deste título com o subtítulo "textos e contextos do neo-realismo", consagra-se o neo-realismo como efectivo objecto de conhecimento. Porque, para além de todas as desvalorizações conseguidas pelo traço da caricatura fácil, o neo-realismo constituiu uma movimentação político-cultural de profundas repercussões na cultura portuguesa do século XX, com efeitos que excedem muito as fronteiras do universo estritamente literário.
O projecto editorial da actual "Síntese - Textos e contextos do neo-realismo" desdobra-se em alguns tópicos:
1. incentivar a renovação dos estudos sobre o neo-realismo e o seu contexto mais amplo através da publicação de trabalhos de estudiosos portugueses e estrangeiros;
2. divulgar documentação inédita do acervo do Museu do Neo-Realismo;
3. publicar dossiês monográficos, bibliografias e outros materiais que constituam elementos de interesse imediato para o conhecimento das respectivas áreas;
4. consolidar uma rede de estudiosos, publicações, centros de investigação e instituições de vocação museológica capaz de fornecer uma diversificada contextualização para o entendimento do movimento neo-realista, sem a qual o conhecimento resultará parcial.
"Nova Síntese - Textos e contextos do neo-realismo" regula-se por estritos critérios de rigor e defende a total liberdade de pesquisa e expressão, constituintes da credibilidade científica de qualquer revista de estudo e investigação.
Director: Vítor Pena Viçoso
Director-adjunto: António Mota Redol
Coordenador: António Pedro Pita
Propriedade e Administração: Associação Promotora do Museu do Neo-Realismo
Edição: 2007
Páginas:244
Editor:Campo das Letras
ISBN:9771646598015
Apresentação
Nova Síntese: Textos e contextos do neo-realismo
A actual "Nova Síntese" procura continuar, ao jeito de herança que se honra, o título de uma outra "Síntese" que foi, entre 1939 e 1941, não propriamente uma publicação doutrinária do movimento neo-realista, mas, desde o primeiro número, uma revista de convergência de múltiplas escolhas.
Ao estabelecer a conjugação deste título com o subtítulo "textos e contextos do neo-realismo", consagra-se o neo-realismo como efectivo objecto de conhecimento. Porque, para além de todas as desvalorizações conseguidas pelo traço da caricatura fácil, o neo-realismo constituiu uma movimentação político-cultural de profundas repercussões na cultura portuguesa do século XX, com efeitos que excedem muito as fronteiras do universo estritamente literário.
O projecto editorial da actual "Síntese - Textos e contextos do neo-realismo" tem por objectivos:
1. incentivar a renovação dos estudos sobre o neo-realismo e o seu contexto mais amplo através da publicação de trabalhos de estudiosos portugueses e estrangeiros;
2. divulgar documentação inédita do acervo do Museu do Neo-Realismo;
3. publicar dossiês monográficos, bibliografias e outros materiais que constituam elementos de interesse imediato para o conhecimento das respectivas áreas;
4. consolidar uma rede de estudiosos, publicações, centros de investigação e instituições de vocação museológica capaz de fornecer uma diversificada contextualização para o entendimento do movimento neo-realista, sem a qual o conhecimento resultará parcial.
"Nova Síntese - Textos e contextos do neo-realismo" regula-se por estritos critérios de rigor e defende a total liberdade de pesquisa e expressão, constituintes da credibilidade científica de qualquer revista de estudo e investigação.
A actual "Nova Síntese" procura continuar, ao jeito de herança que se honra, o título de uma outra "Síntese" que foi, entre 1939 e 1941, não propriamente uma publicação doutrinária do movimento neo-realista, mas, desde o primeiro número, uma revista de convergência de múltiplas escolhas.
Ao estabelecer a conjugação deste título com o subtítulo "textos e contextos do neo-realismo", consagra-se o neo-realismo como efectivo objecto de conhecimento. Porque, para além de todas as desvalorizações conseguidas pelo traço da caricatura fácil, o neo-realismo constituiu uma movimentação político-cultural de profundas repercussões na cultura portuguesa do século XX, com efeitos que excedem muito as fronteiras do universo estritamente literário.
O projecto editorial da actual "Síntese - Textos e contextos do neo-realismo" tem por objectivos:
1. incentivar a renovação dos estudos sobre o neo-realismo e o seu contexto mais amplo através da publicação de trabalhos de estudiosos portugueses e estrangeiros;
2. divulgar documentação inédita do acervo do Museu do Neo-Realismo;
3. publicar dossiês monográficos, bibliografias e outros materiais que constituam elementos de interesse imediato para o conhecimento das respectivas áreas;
4. consolidar uma rede de estudiosos, publicações, centros de investigação e instituições de vocação museológica capaz de fornecer uma diversificada contextualização para o entendimento do movimento neo-realista, sem a qual o conhecimento resultará parcial.
"Nova Síntese - Textos e contextos do neo-realismo" regula-se por estritos critérios de rigor e defende a total liberdade de pesquisa e expressão, constituintes da credibilidade científica de qualquer revista de estudo e investigação.
Subscrever:
Mensagens (Atom)